quinta-feira, 21 de maio de 2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
15/03/2009 - Antofagasta (CL) / Susquez (AR)
Convenhamos, dormir no apart hotel foi caro, mas uma noite nesse conforto é bom demais. Mas como nem tudo é perfeito, apart não tem café da manhã e como nos alojamos tarde ontem não deu para comprar nada, somente uma caixa de suco de laranja, biscoitos e balas de troco.
A decisão do grupo era visitar a Mão do deserto. Como eu havia dito, uma escultura sem graça que, ao meu ver, não valeria o gasto de 140 km, ida de volta, para presenciar. Além disso, mesmo eu não tendo participado da saída do RJ com o grupo o projeto se denominava RJ-ATACAMA, por isso achei que merecia um pouco mais de nossa atenção esse deserto. Desgarrei-me do grupo mais uma vez e segui rumo à SPA. Andar em grupo é bom, pelo menos tive essa percepção, mas estar sozinho é muito melhor (perdoem-me mas é verdade). Andava na velocidade que queria, parava onde queria para tirar foto, descansar, ou apenas parava. Estrada vazia, pouco vento, moto ótima, pedia para andar e foi o que fiz. Abasteci logo depois de Antofagasta, ainda pensei em abastecer em Calama, mas não era necessário com a média atual da GS. Segui rumo a SPA. No caminho fui pensando se valeria arriscar uma ida ao Vale da Lua, já que o caminho era todo de terra e eu não sabia o real estado da pista. Verifiquei no GPS e este mostrava o caminho atravessando o Vale da Lua e voltando a estrada rumo a SPA. Parei no acesso e verifiquei o combustível no tanque. Tranquilo. Segui pela terra, ora trechos bem compactados, ora com algumas pedras soltas e buracos, mas nada que uma GS que já enfrentara o rípio da Terra do Fogo não passasse. O acesso é pago, 2000 pesos chilenos. Recebe-se um folheto explicativo com um pequeno mapa e o rapaz responsável explica as regras básicas do local. Perguntei a respeito das condições da pista e ele me informou que estava melhores do que as que eu passei. Realmente um lugas esplêndido, é incrivel o que pode fazer a natureza. Esculturas naturais, sal, algumas minas de sal (nao é natureza, eu sei), dunas e outras belezas naturais. Somente um pequeno trecho no caminho que tomei mais cuidado devido a areia, mas nada demais. Ao fim do caminho chega-se a estrada que segue para o Paso de Jama ou Sico e Salar do Atacama. Ainda iria visitar este ponto, mas necessitava abastecer. Segui rumo a SPA e, novamente, a mesma saga para acertar o lugar do posto de gasolina. Sempre um drama.
Salar do Atacama e seus flamingos. Cerca de 50 km de SPA, o acesso se dá pouco depois de Toconao, primeiro por uma estrada de terra e depois este se transforma em uma estrada de sal. Isso mesmo, o vermelho da terra da lugar a uma pista branca, de sal. Show. No salar tem um centro para turistas onde é cobrado um ingresso de 2000 pesos chilenos também. Imagino que em épocas de mais movimento tenha mais informações, pois há salas de audiovisual e outras informações que eu passei batido. Há dois caminhos, um direto para o lago ver os flamingos e outro de 400 m que passa por dentro do salar, como diversas ilhas de explicação mostrando como se forma, a alimentação das aves e mais alguma coisa. Ah!! eu provei, realmente é sal, claro que vario tipos, por isso não é muito recomendado comer não, mas como químico e curioso, precisava comprovar. Este salar é diferente dos que eu tinha visto em fotos, um lago branco de sal. Aqui o sal se forma misturado a rochas e terra, dando um ar mais pedregoso ao local. Chega-se ao lago, e se pode chegar bem perto dos flamingos, claro se eles permitirem. Não permitiram, quando me aproximei do lago eles foram mais para o centro, mas é engraçado ver seu modo de alimentação e mais curioso ainda, como podem sobreviver em um lugar tão extremo. Tem pessoas que dizem que o deserto, ou salar, são um lugar morto, sem vida. O que não é verdade, há vida, há espécies que se adaptaram e sobrevivem do lugar. O certo é, um uma fora de fauna e flora muito mais sensível e deve-se tomar todo cuidado. Parti do salar de alma lavada. Apesar de não conhecer mais do Atacama, posso dizer que estive por lá.
Segui rumo a SPA para abastecer e iniciar a travessia para Argentina e me juntar ao grupo novamente. No caminho encontro com Matheus e Paredes fazendo os trâmites da aduana. Erivan e Smoker foram a SPA para trocar os pesos chilenos restantes por pesos argentinos e abastecer. Fiz os trâmites e quando os dois voltaram segui para SPA para fazer o mesmo, abastecimento e câmbio. Claro que para encontrar o posto foi uma nova confusão.
Iniciamos a subida da cordilheira rumo ao Paso de Jama. Que visual, neve e deserto. O grupo iniciou a subida lentamente, seguindo uma dica de um sujeito na aduana chilena. Primeiro não estava compreendendo o motivo, não haviam me dito, mas quando chegamos a cerda de 3000 m de altitude a moto em baixa perdia muita potência e decidi por andar um pouco mais forte. Erivan me acompanhou e explicou o motivo de andarmos lento. Não vi que diferença isso faria, pois não teriamos tanto tempo assim para aclimatação, decidi manter o ritmo forte acompanhado pelo Erivan. Quando chegamos a 4300 m de altitude parei para tirar umas fotos e esperar o grupo. Decidimos vertir as roupas de frio e impermeáveis. O grupo novamente estava junto, mas logo uns decidiram partir, pois estavam incomodados com a altura e melhor estar em movimento na moto. Não sei se foi arriscado ou não, mas o fato de seguirmos pelo caminho com o sol baixo nos deu a oportunidade de ver o deserto tingido de vermelho contrastando como azul do céu. Chegamos já escuro na fronteira e próximo do horário de fechamento, conseguimos fazer os trâmites. Alguns rapazes tomaram chás de coca e de pupunha (ou pupuza, não sei) para que se sentissem melhor. Não senti nada além da fraqueza normal. Abastecimento feito na fronteira, adesivo devidamente colado e seguimos para o hotel que ficava a beira da estrada, em Susquez.
Chegamos bem, um pouco cansados e com frio. Teve gente no grupo que ficou p. da vida por não andarmos juntos, mas cada um tem seu motivo, uns acham que é melhor andar devagar, outros mais rápidos, mas no final todos cruzamos a fronteira juntos e chegamos bem ao hotel, isso que importa.
Amanhã seguimos para Jujuy para trocar o óleo das motos, tentar acertar a torneirinha da XT já que está sem reserva.
Abs,
skinner
terça-feira, 31 de março de 2009
14/03/2009 - San Pedro (CL) / Antofagasta (CL)
Erivan
Smoker
Wolfgang
Matheus
Eu
Paredes
Acordamos com a idéia de sairmos por volta das 8:00 para Antofagasta. Mas claro que não aconteceu, pois com mais gente é de se esperar que ocorram atrasos. Mas não houve estresses. Alimentados, e prontos para partir, quem aparece, Wolfgang, o colombiano da Ducati. Ainda não sei se nos encontrou por acaso ou perguntou na cidade e alguem sabia, acredito mais na primeira hipótese. Apresentei para o pessoal e ele acabou por decidir seguir conosco até Antofagasta e, depois, prosseguir até Santiago.
Fomos abastecer no único posto de San Pedro. Vou dizer, posso ir 1000 vezes lá que não vou conseguir encontrar este posto de primeira. Depois de algumas voltas, conseguimos abastecer. Na saída, novamente uma pequena separação. Pelo visto Erivan (BMW R1100S) já estava com seu mapa na cabeça, pois achou a estrada sem problemas, onde o grupo todo se reuniu. Smoker (XT 600) ficou um pouco puto com a situação, mas o resto tirou de letra. Estrada tranquila até Antofagasta. Alguma serrinha e muitas retas. Abastecemos em Calama (100 km de SPA) e pouco mais de 100 km a frente havia outro posto, mas pela autonomia das motos decidimos passar reto, abastecendo somente em Antofagasta. No caminho ainda se passa por uma cidade da época do Salitre, que hoje é um povoado fantasma, além, claro, do visual do deserto.
Ao abastecermos em Antofagasta, Smoker teve um problema com a torneira de combustível de sua moto que teimava em vazar se a girasse para a reserva. Saimos em busca de uma concessionária yamaha para tentar conseguir um reposto. Encontramso porém já fechada, como era sábado, tudo fechava mais cedo. Paramos em uma pequena mecânica de motos para tentar solucionar o problema. Fizemos nós mesmos. Não podia mexer na torneirinha, pelo menos parara de vazar.
Saimos rumo a praia. Em um ponto onde há um quebramar, já que a maior parte da orla é de pedras, neste ponto que possuia uma faixa de areia. Ficamos discutindo onde arrumar um hotel. Alguns queriam perto da praia, outros onde conseguisse. Esperamos o sol se por e saimos a busca. Pasmém, com essa de querer ficar perto da praia, rodamos quase 2 horas e meia até conseguir, com ajuda de um brasileiro que vive por lá, hospedarmos em um apart hotel, 2 quadras da praia (48 dolares para cada, se não me engano). Smoker, Matheus e Erivan foram nadar. Eu já estava com minha cota em dia me ocupei somente em sacar fotos.
Saimos da praia e procuramos um restaurante. Todos muito caros. Lembramos de ter passado por um restaurante brasileiro. Dito e feito, acabamos jantando por la 5000 pesos chilenos, arroz, feijão, batata e salada (a vontade) e mais 2 tipos de carne. Sucos de fruta incluso tb. Bebemos até caipirinha de velho barreiro. O dono, Paulinho, um gaucho que já fez de tudo na vida. Figuraça.
De volta ao hotel, o grupo está programando amanha ir rumo a escultura da mão do deserto. Eu, sinceramente, passo essa visita, pois já vi uma bem parecida, se não a mesma em Punta del Este, no ano passado. Vou aproveitar e partir para SPA conhecer o Valle de la Luna e o Salar do Atacama e seus flamingos.
abs
skinner
quinta-feira, 26 de março de 2009
13/03/2009 - Calama (CL) / San Pedro de Atacama (CL)
Mal me deitei já acordei. 8 da matina, cabeça girando, fedendo a cigarro e perfume barato. Fui me aprontar para seguir caminho até SPA. Na verdade minha vontade era de deitar e só acordar quando tivesse que acordar. Arrumei as coisas, uma ducha para despertar, vesti minha paramenta toda, quase tudo pronto. Recebo uma mensagem no celular de que os M@dianos atravessariam para SPA e fariam o passeio a El Tatio, Geisers. Agradeço a hospitalidade do novo amigo chileno, nisso chega um amigo dele, também motociclista, ficamos conversando e decidimos sair para fazer um dejayuno, passando antes no hotel que Wolfgang esta para chamá-lo. Se eu tava ruim a cara do colombiano tava pior. Caminhamos pelo centro, praça principal e acabamos em uma lanchonete que servia sucos e sanduiches. A esta hora o povo já comia hot dog com abacate, putz vai gostar disso. Durante a comida, decidimos tentar conhecer a mina de cobre, Chuquicamata. Minha partida para SPA ficaria para mais tarde.
Fomos de carro, e ao chegar na mina demos a sorte de um grupo estar esperando o transporte para conhecer o lugar. A visita não é paga, porém tem um limite de pessoas, e por isso faz-se reservas antecipadamente. Conseguimos entrar no grupo. Robinson e sua namorada não puderam ir pois ele estava de chinelos, e por ser uma área industrial somente é permetida a entrada com calçados fechados, calças compridas e para facilitar, mangas compridas também. Conhecemos tudo por la, desde a cidade fantasma, depois uma explicação do processo de produção do cobre e vimos a mina e os veículos utilizados para carregar as pedras retiradas. Estes veículos, são caminhões gigantes, cerca de 700 toneladas somado seu peso e carga. Somente o pneu custa 60000 dólares e mede 2 a 3 vezes uma pessoa. Eu, cansado, não via a hora de partir. Já estava bom demais a visita, chega.
Voltamos a entrada da mina e reencontramos o chileno com um amigo e seguimos para Chiu Chiu, um povoado minúsculo, que segundo eles lembra muito SPA de antigamente. Mas o principal aqui era a truta, muito boa mesmo. Andei um pouco para conhecer e no horizonte se ve muita chuva. Segundo eles, a chuva estava bem em SPA. Imagina, mais de 3 anos que não caia uma gota de água por aqui, é só eu chegar que chove. Acho que é porque estava sem minha capa anti chuva. Dou um jeito nisso.
Retornamos para Calama por volta das 19 horas, e decidi seguir até SPA para encontrar o povo. Novamente, estrada no deserto com o sol se pondo, mas não parei para tirar fotos pois não queria ficar muito na estrada a noite. Ainda peguei uns 30 km de breu total, mas com tranquilidade cheguei a SPA. Primeira impressão, lugar bacana, casas cobertas de barro. Claro que muitas no centro turístico, acredito eu, sejam de contruções mais modernas cobertas desse jeito para não destoar do local. Parei em um canto para tentar achar os amigos. Isso foi complicado já que quem eu tinha o telefone não atendia. Liguei para o RJ e consegui o telefone de um outro. Sofri um pouco para encontrar o hotel, que por sinal, muito bem localizado, escondido é a palavra. Estavam por lá, Smoker (XT600), Erivan (BMW R1100S), Paredes (BMW RT) e Matheus (BANDIT 600). Deixei tudo no quarto, a moto onde deu e saimos para jantar. Restaurante com preços parecidos aos de outros locais porém um pouco mais sofisticado. Vinho, salmão, pizza, e tudo certo. Matheus e eu ainda aproveitamos para rodar um pouco por la e tomar uma cerveja. SPA tem uma peculiaridade que os locais se encerram a 01:00h, são poucos os que ficam abertos até mais tarde, e quando tem, ficam lotados, turistas e todos os que trabalham por la, para terem seu merecido descanso. Ah, muitas vezes tem uma tal de festa clandestina, ai tem que perguntar e encontrar alguém que saiba onde será e que esteja disposto a revelar.
Conversamos e o passeio a El Tatio estava fechado pois causa da chuva e tal. Eles decidiram seguir até o litoral do Pacífico, Antofagasta. Pensei em ficar em Atacama para conhecer mais e depois encontar com eles no retorno, mas já que estávamos ali juntos iniciava-se a viagem M@diana propriamente dita. Todos indicavam Iquique como um lugar melhor para ir, não tenho dúvida de que Iquique é um belo lugar, e ainda mais, com amigos por lá, mas vamos conhecer outras cidades.
Boa noite.
skinner
Fomos de carro, e ao chegar na mina demos a sorte de um grupo estar esperando o transporte para conhecer o lugar. A visita não é paga, porém tem um limite de pessoas, e por isso faz-se reservas antecipadamente. Conseguimos entrar no grupo. Robinson e sua namorada não puderam ir pois ele estava de chinelos, e por ser uma área industrial somente é permetida a entrada com calçados fechados, calças compridas e para facilitar, mangas compridas também. Conhecemos tudo por la, desde a cidade fantasma, depois uma explicação do processo de produção do cobre e vimos a mina e os veículos utilizados para carregar as pedras retiradas. Estes veículos, são caminhões gigantes, cerca de 700 toneladas somado seu peso e carga. Somente o pneu custa 60000 dólares e mede 2 a 3 vezes uma pessoa. Eu, cansado, não via a hora de partir. Já estava bom demais a visita, chega.
Voltamos a entrada da mina e reencontramos o chileno com um amigo e seguimos para Chiu Chiu, um povoado minúsculo, que segundo eles lembra muito SPA de antigamente. Mas o principal aqui era a truta, muito boa mesmo. Andei um pouco para conhecer e no horizonte se ve muita chuva. Segundo eles, a chuva estava bem em SPA. Imagina, mais de 3 anos que não caia uma gota de água por aqui, é só eu chegar que chove. Acho que é porque estava sem minha capa anti chuva. Dou um jeito nisso.
Retornamos para Calama por volta das 19 horas, e decidi seguir até SPA para encontrar o povo. Novamente, estrada no deserto com o sol se pondo, mas não parei para tirar fotos pois não queria ficar muito na estrada a noite. Ainda peguei uns 30 km de breu total, mas com tranquilidade cheguei a SPA. Primeira impressão, lugar bacana, casas cobertas de barro. Claro que muitas no centro turístico, acredito eu, sejam de contruções mais modernas cobertas desse jeito para não destoar do local. Parei em um canto para tentar achar os amigos. Isso foi complicado já que quem eu tinha o telefone não atendia. Liguei para o RJ e consegui o telefone de um outro. Sofri um pouco para encontrar o hotel, que por sinal, muito bem localizado, escondido é a palavra. Estavam por lá, Smoker (XT600), Erivan (BMW R1100S), Paredes (BMW RT) e Matheus (BANDIT 600). Deixei tudo no quarto, a moto onde deu e saimos para jantar. Restaurante com preços parecidos aos de outros locais porém um pouco mais sofisticado. Vinho, salmão, pizza, e tudo certo. Matheus e eu ainda aproveitamos para rodar um pouco por la e tomar uma cerveja. SPA tem uma peculiaridade que os locais se encerram a 01:00h, são poucos os que ficam abertos até mais tarde, e quando tem, ficam lotados, turistas e todos os que trabalham por la, para terem seu merecido descanso. Ah, muitas vezes tem uma tal de festa clandestina, ai tem que perguntar e encontrar alguém que saiba onde será e que esteja disposto a revelar.
Conversamos e o passeio a El Tatio estava fechado pois causa da chuva e tal. Eles decidiram seguir até o litoral do Pacífico, Antofagasta. Pensei em ficar em Atacama para conhecer mais e depois encontar com eles no retorno, mas já que estávamos ali juntos iniciava-se a viagem M@diana propriamente dita. Todos indicavam Iquique como um lugar melhor para ir, não tenho dúvida de que Iquique é um belo lugar, e ainda mais, com amigos por lá, mas vamos conhecer outras cidades.
Boa noite.
skinner
terça-feira, 24 de março de 2009
12/03/2008 - Iquique (CL) / Calama (CL)
Haviamos combinado de passar na oficina por volta das 10:30 para apanhar a moto. Como a roupa que Wolfgang mandou lavar ainda não estava pronta, pude tomar café tranquilo enquanto ele ainda atualizava o diário de viagem. Fui na garupa da Ducati, somente com o camel back e a bolsa de tanque, o baú havia deixado na moto para não ter que retornar ao hotel. Chegamos à casa de Snoopy e a moto já estava pronta, e de óleo do motor trocado também. Acertei com Chino, despedi-me de Francisca e ambos, ducati e suzuki, partimos rumo a Calama onde encontrariamos o outro amigo do colombiano, Robinson, que tem um restaurante na cidade. Não fizemos abastecimento pois enchemos quando entramos na cidade e rodamos apenas 25 km. O trecho até Tocopilla seria de 225 km, possível de ser feito sem abastecimento.
Fui observando a suspensão para ver se tinha algum problema, e de início nada. Despreocupei-me e segui caminho. Cerca de 30 km de estrada, em frente a base aérea naval, observo que a bengala esta pondo óleo para fora. Encostei, falei com Wolfgang que teria que retornar, mas que ele continuasse já que não poderia fazer nada além de se atrasar na viagem. Peguei os dados do Robinson para que nos encontrassemos mais tarde no restaurante dele e retornei a casa de Snoopy. Ao chegar liguei para Chino e Francisca me recebeu e esperamos por ele. Rapidamente retornou e desmontou a suspensão e levou para resolver. Cerca de uma hora e meia retornou com a suspensão, aparentemente, ok. Disse que havia um risco e que virara a bengala, não entendi como, mas se estava boa é o que importa. Novamente me despedi e retornei a estrada.
Visual foda, vai beirando toda a costa com seus rochedos, penhascos e muito mar. Diversas caletas de pescadores e outras construções, entre casas de praia e processamento de algas. Na verdade as casas de praia lembram muito aqueles traillers, containers, usados em expedições a lugares remotos. Não são como casas de praia que imaginamos.
Andei cerca de 180 km, e me recordei que não havia abastecido em Iquique. Não precisaria quando saí da cidade com 30 km rodados, porém, como tive que voltar, cheguei ao mesmo ponto que parei com quase 100 km rodados e agora já tinham 180. Um pouco depois, no caminho se passa por um controle da aduana pois Iquique é uma zona franca. Dei uma olhada no tanque e o combustivel que tinha não me parecia durar os 80 km restantes. Não adianta desesperar, sentei, fiz um lanche e perguntei para o oficial da aduana a respeito de combustivel. Ele me disse que seria possível em algumas destas caletas. Pois bem, segui minha viagem rumo a Tocopilla. Uma curiosidade, logo depois da aduana tem uma placa avisando de Tunel a 58 km (acho que era isso), vai ser precavido assim la no chile. Nas diversas caletas não vi uma alma viva. Haviam me informado que em umas dessas vilas de praia teria uma pousada com possibilidade de encontrar alguma gasolina. Não sabia onde era. Entrei em uma destas vilas e não vi nínguem, quando retornava, vi uma família em um ponto de ônibus que me disse não saber se havia gente por lá mas que era para dar uma volta toda na vila. Fiz e encontrei um casal que possuia gasolina, comprei 3 litros e pude seguir até meu destino.
Tocopilla é uma cidade litoranea, possui duas termoelétricas que se veem logo que se chega. Estas alimentam as minas de cobre de Chuquicamata e o resto do norte. No trajeto para Calama se pode observar as inúmerar linhas de transmissão. Tocopilla possui um porto de onde circulam mercadorias de exportação, como farinha, pescados e seus derivados e metais (fonte: http://www.turismochile.com/guia/tocopilla/). Infelizmente não tenho fotos pois a maquina disparou dentro do case e lotou o cartão. Como eu já havia copiado tudo para o HD limpei o cartão, porém me esqueci das fotos do dia até o momento. Faz parte.
Tanque cheio, próximo destino, Calama. O inicio, passa-se por uma serra cheia curvas, mas todo cuidado é pouco nas devido a areia. Depois da serra, chega-se a um pequeno altiplano, a 2000 m e de reta. O visual com o sol se pondo faz com que o deserto se tinja de vermelho, realmente uma imagem de outro mundo. Perto de uma nova serra há um pouco de chuva e paro para colocar as luvas. Como não parecia intensa não me preocupei em por a capa. Realmente não choveu mais que algumas gotas embora o frio fosse intenso. Na segunda serra chega-se a 3000m e depois só descida. Calama se encontra a cerca de 1600m. Chego quase a noite e saio a procura de um hotel próximo a plaza d´armas. O primeiro não me agrada e resolvo procurar o amigo do colombiano para saber dele e ficar no mesmo hotel. Encontro Robinson em seu restaurante mas Wolfgag ainda não tinha aparecido, talvez tenha mudado os planos, não sei. Ele se oferece para me arrumar um hotel e deixarmos a moto na garagem do restaurante. No caminho conversando sobre a possibilidade dele conhecer o Brasil me oferece para ficar em sua casa. Fui de pronto, seria bom economizar um dia de hospedagem.
Banho tomado eis que surge o colombiano, conversamos e Robinson nos oferece uma parrillada em seu restaurante, com direito a pisco sour e vinho. Show, 0800!!!
Depois fomos conhecer a vida noturna de Calama, bastante agitada, pelo menos nos dois lugares que fomo. Sem fotos...Terminamos com um cachorro quente coberto de abacate, coca cola e só.
abs,
skinner
Fui observando a suspensão para ver se tinha algum problema, e de início nada. Despreocupei-me e segui caminho. Cerca de 30 km de estrada, em frente a base aérea naval, observo que a bengala esta pondo óleo para fora. Encostei, falei com Wolfgang que teria que retornar, mas que ele continuasse já que não poderia fazer nada além de se atrasar na viagem. Peguei os dados do Robinson para que nos encontrassemos mais tarde no restaurante dele e retornei a casa de Snoopy. Ao chegar liguei para Chino e Francisca me recebeu e esperamos por ele. Rapidamente retornou e desmontou a suspensão e levou para resolver. Cerca de uma hora e meia retornou com a suspensão, aparentemente, ok. Disse que havia um risco e que virara a bengala, não entendi como, mas se estava boa é o que importa. Novamente me despedi e retornei a estrada.
Visual foda, vai beirando toda a costa com seus rochedos, penhascos e muito mar. Diversas caletas de pescadores e outras construções, entre casas de praia e processamento de algas. Na verdade as casas de praia lembram muito aqueles traillers, containers, usados em expedições a lugares remotos. Não são como casas de praia que imaginamos.
Andei cerca de 180 km, e me recordei que não havia abastecido em Iquique. Não precisaria quando saí da cidade com 30 km rodados, porém, como tive que voltar, cheguei ao mesmo ponto que parei com quase 100 km rodados e agora já tinham 180. Um pouco depois, no caminho se passa por um controle da aduana pois Iquique é uma zona franca. Dei uma olhada no tanque e o combustivel que tinha não me parecia durar os 80 km restantes. Não adianta desesperar, sentei, fiz um lanche e perguntei para o oficial da aduana a respeito de combustivel. Ele me disse que seria possível em algumas destas caletas. Pois bem, segui minha viagem rumo a Tocopilla. Uma curiosidade, logo depois da aduana tem uma placa avisando de Tunel a 58 km (acho que era isso), vai ser precavido assim la no chile. Nas diversas caletas não vi uma alma viva. Haviam me informado que em umas dessas vilas de praia teria uma pousada com possibilidade de encontrar alguma gasolina. Não sabia onde era. Entrei em uma destas vilas e não vi nínguem, quando retornava, vi uma família em um ponto de ônibus que me disse não saber se havia gente por lá mas que era para dar uma volta toda na vila. Fiz e encontrei um casal que possuia gasolina, comprei 3 litros e pude seguir até meu destino.
Tocopilla é uma cidade litoranea, possui duas termoelétricas que se veem logo que se chega. Estas alimentam as minas de cobre de Chuquicamata e o resto do norte. No trajeto para Calama se pode observar as inúmerar linhas de transmissão. Tocopilla possui um porto de onde circulam mercadorias de exportação, como farinha, pescados e seus derivados e metais (fonte: http://www.turismochile.com/guia/tocopilla/). Infelizmente não tenho fotos pois a maquina disparou dentro do case e lotou o cartão. Como eu já havia copiado tudo para o HD limpei o cartão, porém me esqueci das fotos do dia até o momento. Faz parte.
Tanque cheio, próximo destino, Calama. O inicio, passa-se por uma serra cheia curvas, mas todo cuidado é pouco nas devido a areia. Depois da serra, chega-se a um pequeno altiplano, a 2000 m e de reta. O visual com o sol se pondo faz com que o deserto se tinja de vermelho, realmente uma imagem de outro mundo. Perto de uma nova serra há um pouco de chuva e paro para colocar as luvas. Como não parecia intensa não me preocupei em por a capa. Realmente não choveu mais que algumas gotas embora o frio fosse intenso. Na segunda serra chega-se a 3000m e depois só descida. Calama se encontra a cerca de 1600m. Chego quase a noite e saio a procura de um hotel próximo a plaza d´armas. O primeiro não me agrada e resolvo procurar o amigo do colombiano para saber dele e ficar no mesmo hotel. Encontro Robinson em seu restaurante mas Wolfgag ainda não tinha aparecido, talvez tenha mudado os planos, não sei. Ele se oferece para me arrumar um hotel e deixarmos a moto na garagem do restaurante. No caminho conversando sobre a possibilidade dele conhecer o Brasil me oferece para ficar em sua casa. Fui de pronto, seria bom economizar um dia de hospedagem.
Banho tomado eis que surge o colombiano, conversamos e Robinson nos oferece uma parrillada em seu restaurante, com direito a pisco sour e vinho. Show, 0800!!!
Depois fomos conhecer a vida noturna de Calama, bastante agitada, pelo menos nos dois lugares que fomo. Sem fotos...Terminamos com um cachorro quente coberto de abacate, coca cola e só.
abs,
skinner
sábado, 21 de março de 2009
11/03/2009 - Arica (CL) / Iquique (CL)
Hoje o dia apesar de não ser longo foi um pouco cansativo, já que a noite de ontem foi regada a vinho e banho de mar. Havia combinado com Wolfgang de sairmos umas 8 da manhã rumo a Iquique para podermos aproveitar o lugar. Acordei a essa hora e um pouco mal, ressaca mesmo. Disse a ele que seguisse pois talvez ficasse um pouco mais por la, até meio dia para descansar e me preparar para a viagem. Mas logo pensei que já estava acordado, bastava um banho uma bela jarra de café e seria possível prosseguir. Dito e feito, saimos de Arica por volta das 9:30.
Estradinha gostosa de pilotar, muitas curvas, algumas requerem bastante atenção, mas no geral muito bom mesmo. O visual faz tudo valer a pena, penhascos com seus rios gerando vida ao fundo, montes de diferentes cores contrastando com o azul do ceu.
Primeira parada para fotos foi em um ponto que ainda estou tentando descobrir o que era. Umas esculturas que denominavam a mulher, o homem.. algo também como um circulo de pedras, não sei se um cemitério. Mas, fora a ignorância, lugar esplêndido. Ah, ja sei, " Presencia Tutelaris", esculturas do artista ariquipenho Juan diaz Fleming, by google.
Chegando em Iquique ve-se areia por todos os lados, dunas, morros e, claro, praia. Fomos procurar o amigo que Wolfgang conhecera no equador e que possuia uma oficina por la para tentar reparar o vazamento na suspensão dianteira. Snoopy o nome do amigo. Não estava em casa, estava trabalhando na mina, como muitos na cidade. Sua esposa nos recebeu e prontamente chamou Snoopy que nos mandou um amigo mecânico. Chino, ele mediu a bengala da suspensão e iria tentar conseguir um retentor com aquela medida. Marcamos de nos falar por volta das 18 e saber se ele havia conseguido ou não. Se não prosseguiria a viagem do jeito que estava e tentaria resolver depois.
Fomos procurar um hotel, próximo a Plaza d'armas, deixamos as coisas e saimos para conhecer as praia. Caminhamos pela praia até o porto onde há um centro de pesca artesanal e pode-se ver pelicanos e, para nossa surpresa, lobos marinhos. Não havia percebido, quando foi olhar uma foto que havia tirado de um pelicano percebi algumas coisas na água, e depois de uma segunda olhada, percebi os lobos. Todos de pé na água, boiando com a cabeça para fora. As fêmeas agrupadas e os machos ao redor. Show.
Depois fomos procurar um local para comer. Um pescador nos indicou o mercado central, porém ao tomar um taxi, este nos indicou um restaurante do outro lado do porto, excelente escolha. Comi Locos, um molusco local, não tem um sabor muito característico mas o prato estava ótimo. Voltamos caminhando para o hotel e com o sol se pondo, percebemos em uma pequena praia o grupo de lobos que ali chegava e se preparavam para seu descanso. Subiam a praia atẽ a calçada. O susto era tirar foto, preparar tudo e de repente os bichos virem para cima. Era uma correria só.
Voltamos ao hotel, conseguimos contato com Chino e ele disse que conseguira os retentores, de yamaha, mas na medida para a moto. Deixamos a moto na casa (oficina) de Snoopy e voltamos para o hotel. Eu estava morto, ainda saí para sacar dinheiro e entrar um pouco na net, depois dormir. Amanha buscaria a moto por volta das 10:30.
Presencia Tutelaris
10/03/2009 - Arequipa (PE) / Arica (CL)
O bom de ficar um dia a mais por aqui é que pude lavar um pouco de roupa e ter tempo para que secassem. Ontem a noite, fui a um barzinho, beber umas ariquipeñas, e ouvir um rock. Depois de um podrão na rua mesmo voltei para o hotel.
Fui tomar café, até que bem servido para os padrões não brasileiros. Aproveitei e fui ao terraço tirar umas fotos da cidade, das montanhas. O curioso por aqui que praticamente todas as casas tem um terraço. Terminei de arrumas as malas e parti. Abasteci a moto e depois calibrei os pneus, pelo menos tentei já que o medidor era manual e, dependendo de como se colocava dava um valor. Meu caminho era seguir a Ruta 30 até a costa e depois passar por Mollendo, Mejia e Cocachacra, voltando a ruta Panamericana. Aumenta um pouco o trajeto mas vale pelo visual. Parei em algumas praias para tirar algumas fotos e a vontade de um primeiro mergulho no Pacífico me tentou. Tinha que abastecer nas cidades vizinhas a costa pois não haveria abastecimento até Mocague, o que significaria rodar quase 300 km passando por um deserto, muito vento, muitas poucas almas vivas. Claro que esqueci desse detalhe e não fiz o abastecimento. Reduzi a mão e conduzi a moto a 100 km/h para economizar ao máximo. Como minha GS não está indicando a reserva o primeiro aviso seria o último. Consegui chegar, apesar da tensão envolvida. Quando estava no posto encontrei uma moto Ducati Multistrada 1000 da Colômbia, que me acompanharia na viagem até Antofagasta. Segui rumo a Tacna, para cruzar a fronteira. Nesse ponto, Finalmente conheci Wolfgang, o piloto colombiano da Ducati. Vinha desde a Colômbia com destino a Santiago, depois Buenos Aires onde decidiria por descer até Ushuaia e regressar através da Ruta 40 ou entao seguir pelo Brasil retornando para Colombia.
Os trâmites de saída do Peru foram simples, pelo menos até pedirem um papel onde constavam os passageiros do veículo. Tentei argumentar que estávamos de moto e não havia passageiros, Wolfgang fez o mesmo, claro que com espanhol decente, nada. O funcionáiro nos disse que teriamos que comprar um formulário e que este deveria ser carimbado em todos os pontos da fronteira, imigração, aduana, peruana e chilena. Saimos em busca do formulário, indignados em ter que pagar por tal documento. Nisso, já do lado de fora da aduana, um outro funcionário nos perguntou se precisávamos de algo, comentamos a respeito da compra e ele disse que não era necessário que eles mesmos forneceriam. Depois disso tudo correu bem rápido, cerca de 2 horas.
Tiramos fotos na entrada do Chile e a primeira ideia seria seguir até Iquique, cerca de 320 km, porém pelo avançar da hora decidimos pernoitar em Arica.
Providenciamos um hotel, cerca de 14000 pesos chilenos qto simples, com desayuno. Saimos para sacar dinheiro e comer. Rodamos a rua de Peatones e acabamos em um restaurante que servia diferentes tipos de pratos. Caimos no Hamburguer mesmo. Conhecemos um grupo de chilenos e duas canadenses. Aproveitei que eles iriam para a praia e fui com eles para um banho de mar noturno. Nem estava tão frio como eu imaginava. Talvez pela quantidade de vinho que levamos.
Retornei ao hotel, sem sandálias, pois esqueci na praia e depois de banhar-me foi dormir.
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