sábado, 21 de março de 2009

10/03/2009 - Arequipa (PE) / Arica (CL)


O bom de ficar um dia a mais por aqui é que pude lavar um pouco de roupa e ter tempo para que secassem. Ontem a noite, fui a um barzinho, beber umas ariquipeñas, e ouvir um rock. Depois de um podrão na rua mesmo voltei para o hotel.

Fui tomar café, até que bem servido para os padrões não brasileiros. Aproveitei e fui ao terraço tirar umas fotos da cidade, das montanhas. O curioso por aqui que praticamente todas as casas tem um terraço. Terminei de arrumas as malas e parti. Abasteci a moto e depois calibrei os pneus, pelo menos tentei já que o medidor era manual e, dependendo de como se colocava dava um valor. Meu caminho era seguir a Ruta 30 até a costa e depois passar por Mollendo, Mejia e Cocachacra, voltando a ruta Panamericana. Aumenta um pouco o trajeto mas vale pelo visual. Parei em algumas praias para tirar algumas fotos e a vontade de um primeiro mergulho no Pacífico me tentou. Tinha que abastecer nas cidades vizinhas a costa pois não haveria abastecimento até Mocague, o que significaria rodar quase 300 km passando por um deserto, muito vento, muitas poucas almas vivas. Claro que esqueci desse detalhe e não fiz o abastecimento. Reduzi a mão e conduzi a moto a 100 km/h para economizar ao máximo. Como minha GS não está indicando a reserva o primeiro aviso seria o último. Consegui chegar, apesar da tensão envolvida. Quando estava no posto encontrei uma moto Ducati Multistrada 1000 da Colômbia, que me acompanharia na viagem até Antofagasta. Segui rumo a Tacna, para cruzar a fronteira. Nesse ponto, Finalmente conheci Wolfgang, o piloto colombiano da Ducati. Vinha desde a Colômbia com destino a Santiago, depois Buenos Aires onde decidiria por descer até Ushuaia e regressar através da Ruta 40 ou entao seguir pelo Brasil retornando para Colombia.

Os trâmites de saída do Peru foram simples, pelo menos até pedirem um papel onde constavam os passageiros do veículo. Tentei argumentar que estávamos de moto e não havia passageiros, Wolfgang fez o mesmo, claro que com espanhol decente, nada. O funcionáiro nos disse que teriamos que comprar um formulário e que este deveria ser carimbado em todos os pontos da fronteira, imigração, aduana, peruana e chilena. Saimos em busca do formulário, indignados em ter que pagar por tal documento. Nisso, já do lado de fora da aduana, um outro funcionário nos perguntou se precisávamos de algo, comentamos a respeito da compra e ele disse que não era necessário que eles mesmos forneceriam. Depois disso tudo correu bem rápido, cerca de 2 horas.

Tiramos fotos na entrada do Chile e a primeira ideia seria seguir até Iquique, cerca de 320 km, porém pelo avançar da hora decidimos pernoitar em Arica.

Providenciamos um hotel, cerca de 14000 pesos chilenos qto simples, com desayuno. Saimos para sacar dinheiro e comer. Rodamos a rua de Peatones e acabamos em um restaurante que servia diferentes tipos de pratos. Caimos no Hamburguer mesmo. Conhecemos um grupo de chilenos e duas canadenses. Aproveitei que eles iriam para a praia e fui com eles para um banho de mar noturno. Nem estava tão frio como eu imaginava. Talvez pela quantidade de vinho que levamos.
Retornei ao hotel, sem sandálias, pois esqueci na praia e depois de banhar-me foi dormir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário