quinta-feira, 26 de março de 2009

13/03/2009 - Calama (CL) / San Pedro de Atacama (CL)

Mal me deitei já acordei. 8 da matina, cabeça girando, fedendo a cigarro e perfume barato. Fui me aprontar para seguir caminho até SPA. Na verdade minha vontade era de deitar e só acordar quando tivesse que acordar. Arrumei as coisas, uma ducha para despertar, vesti minha paramenta toda, quase tudo pronto. Recebo uma mensagem no celular de que os M@dianos atravessariam para SPA e fariam o passeio a El Tatio, Geisers. Agradeço a hospitalidade do novo amigo chileno, nisso chega um amigo dele, também motociclista, ficamos conversando e decidimos sair para fazer um dejayuno, passando antes no hotel que Wolfgang esta para chamá-lo. Se eu tava ruim a cara do colombiano tava pior. Caminhamos pelo centro, praça principal e acabamos em uma lanchonete que servia sucos e sanduiches. A esta hora o povo já comia hot dog com abacate, putz vai gostar disso. Durante a comida, decidimos tentar conhecer a mina de cobre, Chuquicamata. Minha partida para SPA ficaria para mais tarde.

Fomos de carro, e ao chegar na mina demos a sorte de um grupo estar esperando o transporte para conhecer o lugar. A visita não é paga, porém tem um limite de pessoas, e por isso faz-se reservas antecipadamente. Conseguimos entrar no grupo. Robinson e sua namorada não puderam ir pois ele estava de chinelos, e por ser uma área industrial somente é permetida a entrada com calçados fechados, calças compridas e para facilitar, mangas compridas também. Conhecemos tudo por la, desde a cidade fantasma, depois uma explicação do processo de produção do cobre e vimos a mina e os veículos utilizados para carregar as pedras retiradas. Estes veículos, são caminhões gigantes, cerca de 700 toneladas somado seu peso e carga. Somente o pneu custa 60000 dólares e mede 2 a 3 vezes uma pessoa. Eu, cansado, não via a hora de partir. Já estava bom demais a visita, chega.

Voltamos a entrada da mina e reencontramos o chileno com um amigo e seguimos para Chiu Chiu, um povoado minúsculo, que segundo eles lembra muito SPA de antigamente. Mas o principal aqui era a truta, muito boa mesmo. Andei um pouco para conhecer e no horizonte se ve muita chuva. Segundo eles, a chuva estava bem em SPA. Imagina, mais de 3 anos que não caia uma gota de água por aqui, é só eu chegar que chove. Acho que é porque estava sem minha capa anti chuva. Dou um jeito nisso.

Retornamos para Calama por volta das 19 horas, e decidi seguir até SPA para encontrar o povo. Novamente, estrada no deserto com o sol se pondo, mas não parei para tirar fotos pois não queria ficar muito na estrada a noite. Ainda peguei uns 30 km de breu total, mas com tranquilidade cheguei a SPA. Primeira impressão, lugar bacana, casas cobertas de barro. Claro que muitas no centro turístico, acredito eu, sejam de contruções mais modernas cobertas desse jeito para não destoar do local. Parei em um canto para tentar achar os amigos. Isso foi complicado já que quem eu tinha o telefone não atendia. Liguei para o RJ e consegui o telefone de um outro. Sofri um pouco para encontrar o hotel, que por sinal, muito bem localizado, escondido é a palavra. Estavam por lá, Smoker (XT600), Erivan (BMW R1100S), Paredes (BMW RT) e Matheus (BANDIT 600). Deixei tudo no quarto, a moto onde deu e saimos para jantar. Restaurante com preços parecidos aos de outros locais porém um pouco mais sofisticado. Vinho, salmão, pizza, e tudo certo. Matheus e eu ainda aproveitamos para rodar um pouco por la e tomar uma cerveja. SPA tem uma peculiaridade que os locais se encerram a 01:00h, são poucos os que ficam abertos até mais tarde, e quando tem, ficam lotados, turistas e todos os que trabalham por la, para terem seu merecido descanso. Ah, muitas vezes tem uma tal de festa clandestina, ai tem que perguntar e encontrar alguém que saiba onde será e que esteja disposto a revelar.

Conversamos e o passeio a El Tatio estava fechado pois causa da chuva e tal. Eles decidiram seguir até o litoral do Pacífico, Antofagasta. Pensei em ficar em Atacama para conhecer mais e depois encontar com eles no retorno, mas já que estávamos ali juntos iniciava-se a viagem M@diana propriamente dita. Todos indicavam Iquique como um lugar melhor para ir, não tenho dúvida de que Iquique é um belo lugar, e ainda mais, com amigos por lá, mas vamos conhecer outras cidades.
Boa noite.
skinner

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