terça-feira, 24 de março de 2009

12/03/2008 - Iquique (CL) / Calama (CL)

Haviamos combinado de passar na oficina por volta das 10:30 para apanhar a moto. Como a roupa que Wolfgang mandou lavar ainda não estava pronta, pude tomar café tranquilo enquanto ele ainda atualizava o diário de viagem. Fui na garupa da Ducati, somente com o camel back e a bolsa de tanque, o baú havia deixado na moto para não ter que retornar ao hotel. Chegamos à casa de Snoopy e a moto já estava pronta, e de óleo do motor trocado também. Acertei com Chino, despedi-me de Francisca e ambos, ducati e suzuki, partimos rumo a Calama onde encontrariamos o outro amigo do colombiano, Robinson, que tem um restaurante na cidade. Não fizemos abastecimento pois enchemos quando entramos na cidade e rodamos apenas 25 km. O trecho até Tocopilla seria de 225 km, possível de ser feito sem abastecimento.

Fui observando a suspensão para ver se tinha algum problema, e de início nada. Despreocupei-me e segui caminho. Cerca de 30 km de estrada, em frente a base aérea naval, observo que a bengala esta pondo óleo para fora. Encostei, falei com Wolfgang que teria que retornar, mas que ele continuasse já que não poderia fazer nada além de se atrasar na viagem. Peguei os dados do Robinson para que nos encontrassemos mais tarde no restaurante dele e retornei a casa de Snoopy. Ao chegar liguei para Chino e Francisca me recebeu e esperamos por ele. Rapidamente retornou e desmontou a suspensão e levou para resolver. Cerca de uma hora e meia retornou com a suspensão, aparentemente, ok. Disse que havia um risco e que virara a bengala, não entendi como, mas se estava boa é o que importa. Novamente me despedi e retornei a estrada.

Visual foda, vai beirando toda a costa com seus rochedos, penhascos e muito mar. Diversas caletas de pescadores e outras construções, entre casas de praia e processamento de algas. Na verdade as casas de praia lembram muito aqueles traillers, containers, usados em expedições a lugares remotos. Não são como casas de praia que imaginamos.

Andei cerca de 180 km, e me recordei que não havia abastecido em Iquique. Não precisaria quando saí da cidade com 30 km rodados, porém, como tive que voltar, cheguei ao mesmo ponto que parei com quase 100 km rodados e agora já tinham 180. Um pouco depois, no caminho se passa por um controle da aduana pois Iquique é uma zona franca. Dei uma olhada no tanque e o combustivel que tinha não me parecia durar os 80 km restantes. Não adianta desesperar, sentei, fiz um lanche e perguntei para o oficial da aduana a respeito de combustivel. Ele me disse que seria possível em algumas destas caletas. Pois bem, segui minha viagem rumo a Tocopilla. Uma curiosidade, logo depois da aduana tem uma placa avisando de Tunel a 58 km (acho que era isso), vai ser precavido assim la no chile. Nas diversas caletas não vi uma alma viva. Haviam me informado que em umas dessas vilas de praia teria uma pousada com possibilidade de encontrar alguma gasolina. Não sabia onde era. Entrei em uma destas vilas e não vi nínguem, quando retornava, vi uma família em um ponto de ônibus que me disse não saber se havia gente por lá mas que era para dar uma volta toda na vila. Fiz e encontrei um casal que possuia gasolina, comprei 3 litros e pude seguir até meu destino.

Tocopilla é uma cidade litoranea, possui duas termoelétricas que se veem logo que se chega. Estas alimentam as minas de cobre de Chuquicamata e o resto do norte. No trajeto para Calama se pode observar as inúmerar linhas de transmissão. Tocopilla possui um porto de onde circulam mercadorias de exportação, como farinha, pescados e seus derivados e metais (fonte: http://www.turismochile.com/guia/tocopilla/). Infelizmente não tenho fotos pois a maquina disparou dentro do case e lotou o cartão. Como eu já havia copiado tudo para o HD limpei o cartão, porém me esqueci das fotos do dia até o momento. Faz parte.

Tanque cheio, próximo destino, Calama. O inicio, passa-se por uma serra cheia curvas, mas todo cuidado é pouco nas devido a areia. Depois da serra, chega-se a um pequeno altiplano, a 2000 m e de reta. O visual com o sol se pondo faz com que o deserto se tinja de vermelho, realmente uma imagem de outro mundo. Perto de uma nova serra há um pouco de chuva e paro para colocar as luvas. Como não parecia intensa não me preocupei em por a capa. Realmente não choveu mais que algumas gotas embora o frio fosse intenso. Na segunda serra chega-se a 3000m e depois só descida. Calama se encontra a cerca de 1600m. Chego quase a noite e saio a procura de um hotel próximo a plaza d´armas. O primeiro não me agrada e resolvo procurar o amigo do colombiano para saber dele e ficar no mesmo hotel. Encontro Robinson em seu restaurante mas Wolfgag ainda não tinha aparecido, talvez tenha mudado os planos, não sei. Ele se oferece para me arrumar um hotel e deixarmos a moto na garagem do restaurante. No caminho conversando sobre a possibilidade dele conhecer o Brasil me oferece para ficar em sua casa. Fui de pronto, seria bom economizar um dia de hospedagem.
Banho tomado eis que surge o colombiano, conversamos e Robinson nos oferece uma parrillada em seu restaurante, com direito a pisco sour e vinho. Show, 0800!!!

Depois fomos conhecer a vida noturna de Calama, bastante agitada, pelo menos nos dois lugares que fomo. Sem fotos...Terminamos com um cachorro quente coberto de abacate, coca cola e só.
abs,
skinner

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